Hoje se fez história (e não falo do terramoto desta madrugada):
O Governo Português avançou com a
proposta do Casamento Civil entre Pessoas do mesmo sexo
(o mesmo nome, mas sem adopção)!!!
Agora é só esperar e ver se é aprovado em Assembleia.
Mas enquanto o Governo faz isto, os que são contra o CPMS continuam a sua batalha, aqui fica o link para um texto de Isabel Moreira que responde a esses queridos senhores.
Bem caros leitores. Já há algum tempo que não vinha até estas bandas, por isso as notícias acumuladas são bastantes :D
Comecemos pelas noticias da nossa querida Pátria, onde ainda agora se discute se "Referendo Sim, Referendo Não": Que maçada!! Já não suporto mais repetir vezes sem conta os mesmos argumentos, ouvir as mesmas mentes obtusas e de ler artigos de opiniões onde se dizem os maiores disparates.
Mas ainda há alguns onde se encontra coerência e bom senso. Como o caso do texto de Pedro Múriasonde defende que:
- "O Sim defende direitos de pessoas, deixando naturalmente incólumes os casamentos dos heterossexuais"
- "Num documento do Vaticano de 2003, defendi-se que "o Estado deve conter o fenómeno da homossexualidade" e que, em consequência, não deveriam reconhecer-se direitos aos casais homossexuais.
Neste texto para além de desenvolver estas temáticas fala do medo que os opositores do casamento homossexual têm do extermínio do Mundo (pois se o casamento homossexual for aprovado vai toda a gente casar-se com pessoas do mesmo sexo, e as mulheres lésbicas vão ficar inférteis) e até ironiza em certos pontos.
Claro está que os argumentos dos que apoiam o referendo são os argumentos daqueles que defendem o Não ao casamento homossexual, como diz Jorge Bacelar Gouveia que defende um referendo nas bases de que o País tem outras prioridades e de que "o casamento gay é muito mais um assunto da sociedade e não tanto um assunto do Estado, sobre a qual devem os cidadãos ser chamados a pronunciar-se directamente".
Ou seja "Como não quero que eles casem vou fazer coisas para que isso não aconteça, e um referendo parece-me bem. Eles são só 10% da população." LOL
Para além de enunciar babuseiras sem qualquer fio de lógica, mostra um grande amor (como todos os defensores do referendo) a uma PALAVRA! Será que estudaram Semiótica e viram que as palavras são realmente mais importantes daquilo que o ser comum pensa? Se calhar. Mas se assim foi, faltaram à aula onde se discute a alteração natural e necessária da definição dos conceitos, alargando ou restringindo, consoante o caso. Mas é algo necessário. As palavras precisam de se alterar, se não tornam-se estáticas e sem sentido.
Deixemos agora de falar de referendo, direitos, igualdade, pessoas e estupidez crónica para falar de assuntos sérios então.
O senhor JavierLozanoBarragán, ex-presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde desvendou que os homsosexuais nunca irão para o Céu! Ora meus queridos, se já tinham viagem marcada desmarquem. O Inferno é mesmo o nosso lugar. Mas não se preocupem pois: A decoração foi feita por: Andy Warhol, FridaKahlo, Leonardo Da Vinci, Salvador Dali e por SandroBotticelli A música ficou nas mão de : FreddieMercury As várias filosofias: John Maynard Keynes, MichelFoucault e por Sócrates. Assim como as outras artes nas artimanhas de : Oscar Wilde e PierPaolo Pasolini.
E Nova York foi reprovada a proposta para o casamentos civil entre pessoas do mesmo sexo, mas alguém fez história:
Quero agora acabar deixando dois links muito interessantes para rir um bom bocado:
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 36.ºFamília, casamento e filiação
1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.
Artigo 37.ºLiberdade de expressão e informação
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.